Era 1951 e o comerciante Epaminondas Mendonça teve a ideia de realizar pelas ruas da pequena vila de Fazenda Nova, no período da Semana Santa, a encenação da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
A inspiração partiu após ler em uma revista como os alemães da cidade de Oberammergau realizavam uma apresentação semelhante.
Enquanto Epaminondas atraia hóspedes para o hotel da família e movimentava o comércio local, Sebastiana, sua esposa, de veia artística cultural e teatral, cuidava da direção do espetáculo.
De maneira simples, porém criativa, as apresentações contavam ainda com a participação de familiares, na maioria mulheres, e amigos que juntos contracenavam nas ruas utilizando-se do cenário local.
Mais no ano de 1956, Plínio Pacheco chega a Fazenda Nova e encanta-se pela bela atriz Diva Pacheco, filha de Epaminondas.
O romance intensificou e logo se casaram. Plínio passa a escrever os textos da peça e a cuidar da direção.
As encenações seguem até 1962 quando, após ter tido a ideia de construir uma réplica da cidade de Jerusalém, Plínio Pacheco decide colocar em prática.
Porém, o plano só veio a se concretizar em 1968, sendo realizada a primeira apresentação.
Desde então são 42 anos de representações ininterruptas dentro das muralhas, atraindo espectadores do Brasil e do mundo.
